O amor precisa de tempo
Educadora Sexual 30 mar - 2017
Sempre achei que essa habilidade do ser humano contemporâneo de terminar rapidamente um relacionamento e começar o mais depressa possível outro acabaria banalizando o “amor”. É que cresce o número de pessoas que tendem a chamar de amor mais de uma de suas experiências de vida. Na verdade, o que move essa vontade de encontrar alguém e amar, é a esperança. E por isso, vão se tentando, tentando, tentando… Mas há um exercício errado aí. Em vez de haver mais pessoas atingindo mais vezes os elevados padrões do amor, esses padrões foram baixados. Como resultado, temos noites avulsas de sexo que acabam sendo referidas pelo codinome de “fazer amor”.
Mas na verdade o que é fazer amor? E quando podemos de corpo e alma, declarar Eu Te Amo a alguém? Eu te amo não diz tudo, minha gente. O indivíduo é iludido por essas três palavrinhas e se dá mal. O amor só vira amor quando o outro tem real interesse na sua vida, quer ver sua felicidade acima de tudo, te encoraja para seus medos, te escuta mesmo não querendo, entende mesmo discordando e acima de tudo, respeita. Mas para que tudo isso dê certo e se realize precisamos de tempo, ouviu bem? Tempo. É como numa academia. Levamos meses, anos para moldar nosso corpo. O amor também merece contornos estruturais elaborados, mas sem cirurgias. Como diz Bauman: “o amor é uma hipoteca baseada num futuro incerto e inescrutável”.
Talvez, por isso, o amor é tão atemorizante quanto à morte. Não sei se amor, mas a entrega e o desejo de compartilhar com outrem algo bom, real e agora. O medo do desconhecido torna natural e, ao mesmo tempo, fútil o desejo de desfrutar, entregar e querer bem. Tentação pra se apaixonar, tem de monte, mas acertar o exercício é sempre difícil!
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Lembre: O bom da vida é amar, transar e gozar!
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*Aline Castelo Branco é Educadora Sexual, jornalista e Coach de relacionamento