Amigos, parentes ou um profissional? A gente te ajuda a escolher quem vai celebrar seu casamento
Assessoria de Casamento 4 fev - 2020

(Foto: @arasprodutora)
Como já antecipamos aqui no Projeto Noivinha, o ano de 2020 será cheio de personalização em cada uma das etapas do casamento. Para isso, o ideal é que noivinhos e noivinhas procurem por profissionais experientes, que saibam captar a essência do casal e traduzí-la – seja através de produtos e/ou em palavras – para tocar não
apenas os noivos, mas também os convidados no ‘grande dia’.
Casais que buscam por uma cerimônia leve, emocionante e personalizada devem pensar na possibilidade de contratar um(a) celebrante social. Essa figura nada mais é do que o(a) profissional responsável por conduzir a cerimônia de casamento. Muitas vezes, essa pessoa costuma entrar em cena quando os noivos seguem religiões diferentes, ou quando a formalidade religiosa não é uma necessidade para o casal. Em alguns casos, celebrantes são contratados quando o casal já efetivou o matrimônio no cartório, com o juiz de paz, e vai promover uma cerimônia em outro espaço para familiares e amigos. Mas o que muita gente não sabe é que um(a) celebrante social pode conduzir tanto ritos tradicionais – como a troca das alianças, votos e o beijo – como ritos alternativos – a exemplo do rituais como o das areias, o das águas, das rosas, etc.
“O(a) celebrante de casamento é quem conduz a cerimônia de casamento que pode ou não ter conotação religiosa ou civil. Diferente da cerimonialista, o celebrante não te ajuda a planejar detalhes como decoração, buffet, DJ, etc. O celebrante é quem vai ficar junto com os noivos no momento da celebração da sua união, dizendo palavras importantes que façam o casal olhar para sua trajetória e seu futuro”, resume celebrante de cerimônias de casamentos Carla Cassini.

Cami e Rafa: Carla foi celebrante do casamento (Foto: @managollo)
De acordo com a profissional, quem é católico pode ter tanto celebrante social quanto padre na cerimônia. “Não é comum ter a figura de juiz de paz e a de representantes religiosos juntos como celebrantes de uma mesma cerimônia de casamento pelo fato de ambos poderem conduzir a cerimônia civil ou com efeito civil. Já para o celebrante social conduzir a cerimônia em conjunto com um padre ou juiz de paz, é preciso que esses celebrantes conversem entre si antes da cerimônia para saber quem conduz cada etapa para que fique tudo harmonioso e equilibrado”, comenta a empresária. Ao lado da também celebrante Clarice Greco, Carla está à frente do coletivo Sim Cerimônias.
Com anos de experiência no mercado, as duas realizam diversas cerimônias na Bahia e em São Paulo e planejam cada ritual de forma personalizada. Além de celebrarem os casamentos in loco – ao lado dos noivos – Carla e Clarice oferecem o serviço de assessoria de texto, que consiste na elaboração do texto da cerimônia para ser conduzido por quem o casal desejar – um parente querido, um padrinho, juiz de paz.

(Foto: @carolinepaternostro_fotografia)
As duas fazem ainda a própria assessoria de celebração, na qual elas alinham todos os detalhes da cerimônia com os demais fornecedores, promovendo uma verdadeira sintonia e linearidade na celebração. “Sempre mandamos um roteiro da cerimônia para o fotógrafo, videomakers, banda da cerimônia e, é claro, para o cerimonial. Isso ajuda demais para que a cerimônia ocorra naturalmente e ajuda os demais profissionais, como fotógrafos, a se prepararem para o melhor ângulo em momentos e emoção”, destaca Carla.

Gilca e Rafa: Carla foi celebrante do casamento (Foto: @mateuspigg_fotografia)
Mas, antes de pensar em quem deve celebrar seu casamento, o casal deve ter em mente seus valores e sonhos. Afinal, não basta ter a voz bonita e falar algumas frases de efeito para ser celebrante social. “Saber escrever bem e ter uma boa oralidade são apenas duas características que se deve buscar em um celebrante. A escolha de um celebrante deve permear questões mais profundas, fazendo com que o casal olhe, cada um, mais para si mesmo do que para o próprio celebrante. Isso quer dizer que é preciso que o casal tenha muito claro quais são seus valores e sonhos antes de procurar por um bom locutor”, recomenda Carla.

Kami e JP: Carla foi celebrante do casamento (Foto: @mkfotoefilme)
Antes dos ‘pombinhos’ escolherem um(a) celebrante, a empresária recomenda que o casal responda a três perguntas:
- 1. “Qual o tipo de cerimônia que reflete nossas ideologias e valores como casal?”
Como vocês imaginam o casamento de vocês? Uma cerimônia que precisa cumprir algumas formalidades (como uma cerimônia civil ou uma cerimônia de rituais e discursos religiosos) ou uma cerimônia flexível, com rituais e falas que reflitam a história e a essência do casal?
Essas perguntas ajudarão o casal a descobrir se o que eles buscam para a sua cerimônia de casamento é um juiz de paz, um celebrante religioso ou um celebrante social. Assim, respondendo a essa primeira pergunta, é possível o casal saber se busca por um celebrante institucional ou social. Celebrantes institucionais são aqueles que representam uma instituição: juízes de paz (representantes do Estado) e representantes religiosos (de alguma religião específica). Esses celebrantes conduzem cerimônias mais formalizadas, com discursos e rituais próprios e pré-estabelecidos pela instituição que representam (seja ela o Estado ou igrejas). Vale lembrar que apenas celebrantes institucionais estão autorizados a realizar o casamento civil ou com efeito civil. Ou seja, se vocês fazem questão de assinar o papel que valida legalmente a união de vocês no dia da festa do casamento, essa é a opção que vocês devem escolher. Já os celebrantes sociais conduzem cerimônias que se adequam à história, ideologias e valores pessoais de cada casal. Elaboram uma cerimônia onde o foco será a trajetória do casal e nada impede de abordarem a religiosidade se isso for algo importante para os valores do casal.

Dani e Robson: Carla foi celebrante do casamento (Foto: @foto.poema)
- 2. “O que queremos sentir durante a cerimônia do nosso casamento?”
Ao optar por um celebrante social, o casal precisa ainda pensar no tom da cerimônia de casamento. O que vocês, como casal, querem sentir? E o que vocês querem que seus convidados sintam durante o seu casamento? Querem uma cerimônia mais bem humorada? Querem algo que seja leve ou mais emocionante? Querem trazer reflexões mais profundas para esse momento? Preferem uma cerimônia mais formal ou informal? Que traga mais ou menos religiosidade?
Todas estas perguntas irão orientar o casal a buscar por um perfil individual de celebrante social. Isso porque cada celebrante social tem sua própria maneira de entender e traduzir a essência de cada casal. É importante que o perfil individual do celebrante seja condizente com o que você espera do clima/energia da sua cerimônia. Nenhum celebrante social agrada universalmente a todos os casais, justamente por que cada celebrante é único, com sua própria personalidade e suas próprias particularidades. Para entender o perfil do celebrante, procurem ver outras cerimônias ou textos que o(a) celebrante já elaborou para casamentos e analisem se é condizente com a personalidade de vocês.

Samantha e Edu: Carla foi celebrante do casamento (Foto: @infocowedding)
3. “Vamos nos sentir confortáveis em contar detalhes da nossa história e personalidades?”
O celebrante deve ser uma pessoa na qual cada um do casal se sente confortável em contar os detalhes de sua trajetória individual e em conjunto. É preciso se sentir confortável para que haja uma real conexão com o celebrante. Quanto mais conectados vocês estiverem entre si, mais emocionante e mais personalizada será a cerimônia de casamento.
Ao optar por um celebrante social e finalmente convidarem a pessoa escolhida, os noivos devem ter muitas conversas com o profissional, familiar ou amigo. “A cerimônia é elaborada a partir de conversas com o casal, com familiares e amigos. Nesta conversa, por exemplo, conheço a história de amor, os valores do casal e como eles se relacionam um com o outro e com a vida. Assim, a celebração do casamento será conduzida valorizando o amor do casal da maneira que ele realmente é: único”, afirma Carla.

(Foto: @memosoul_fotografia)
Para a empresária, o ideal é que a personalidade dos noivos esteja impressa em cada etapa da cerimônia de maneiras diferentes. Pode ser, por exemplo, através de trechos de livros, músicas, filmes ou séries, passagens bíblicas, analogias e metáforas, relicários, fotos ou outros objetos que remetam à um afeto específico. Outras ideias são convidar a família e amigos para participar, além de reler rituais tradicionais e alternativos. Mas, nessa etapa, o casal deve tomar cuidado para a cerimônia não ficar ‘poluída’, com muita informação. “É um dos papéis do celebrante social entender quais dessas opções melhor traduzem a personalidade do casal e como elas devem conversar entre si durante a cerimônia de casamento”, finaliza.
